Posteriormente, em 2016, o projeto de extensão “O museu de ciências vai à escola”, continuou sua ação educativa na escola Peixoto Primo, com os estudantes do grupo de contra turno Photographein. Para dar início à atividade daquele ano, inicialmente ocorreu um planejamento com a professora de artes da escola e foram estabelecidas novas parceiras com uma professora e uma técnica do laboratório de fotografia, vinculadas ao Instituto de Letras e Artes - ILA (FURG). Os objetivos da ação eram dar continuidade às atividades de 2015 de incentivo à conservação do patrimônio científico e tecnológico, porém utilizando o mote da fotografia, de interesse do público alvo, para o desenvolvimento da nova oficina de Educação Patrimonial.

A Oficina intitulada "Fotografia e Patrimônio Científico" foi ofertada no período de setembro a novembro de 2016, no qual os estudantes vinham uma vez por semana, na parte da tarde, para a Universidade Federal do Rio Grande- FURG, nas dependências do Instituto de Letras e Artes e Instituto de Ciências Biológicas.

Durante esses dois meses os estudantes realizaram diversas atividades na oficina, que foram divididas em três unidades. Primeiramente, os estudantes receberam informações práticas sobre teoria da fotografia, as técnicas de manuseio da câmera digital e analógica, e como registrar fotografias de qualidade, tanto em estúdio quanto ao ar livre. No segundo momento, os alunos fotografaram os equipamentos do acervo do MUVIe. Para a realização das fotografias utilizaram-se câmeras digitais e analógicas, além da técnica de pinhole. Na terceira etapa da Oficina de Fotografia, foi apresentado aos estudantes o processo de revelação química da fotografia analógica, os processos de ampliação e revelação. O conjunto desses aprendizados tornou possível a reflexão sobre a evolução da ciência e da tecnologia, relacionando com a fotografia, arte e ciência.

Quantitativamente esta etapa do projeto produziu o registro de 200 fotografias dos 51 equipamentos científicos do acervo do MUVIe. Destas, 51 foram selecionadas para compor o Guia do acervo do museu, em processo de editoração. Qualitativamente, além da qualidade das fotografias produzidas, podemos destacar as vivências que se oportunizaram a todos durante esta etapa do projeto.

A cada encontro, discussões sobre ciência e tecnologia, fotografia e arte sensibilizaram para a salvaguarda, para a história das ciências, para a fotografia como área de profissionalização. A possibilidade de serem protagonistas destas produções tanto para a ilustração do Guia como para a produção de exposições fotográficas, culminou com a colocação em prática da educação prática, problematizadora, reflexiva, e construtora de cidadãos com consciência sócio-cultural.