RÃ ESPINHAL E RÃ DESCEREBRADA ESTUDO DOS REFLEXOS
INTRODUÇÃO:
Os sentidos somáticos são mecanismos nervosos que coletam informações sensoriais, a partir da estimulação de receptores especiais espalhados por todo o corpo do organismo. Quase todas as informações sensoriais dos segmentos somáticos se dirigem para a medula espinhal e atingem o tálamo e as regiões superiores do córtex cerebral. Algumas sensações podem ser percebidas a nível medular e nas regiões inferiores do cérebro.
OBJETIVOS:
Verificar os reflexos da rã com os hemisférios cerebrais, encéfalo e medula destruídos, comparando com os comportamentos emitidos pela rã íntegra. Identificar as leis de reflexo.
Equipamentos:
-Bacia
-Beckers pequenos
-Gase
-Haste metálica com gancho
-Material de dissecação
Material Biológico:
Rana catesbiana
Reagentes e Soluções:
Água destilada
Ácido Acético Glacial
Ácido Acético 2,0 %
Soluções para os estímulos químicos:
SOLUÇÕES | CONCENTRAÇÃO FINAL |
5 cm3 de solução a 2% + 45 cm3 de H2O | = 1 / 500. |
5 cm3 de solução a 2% + 40 cm3 de H2O | = 1 / 450. |
5 cm3 de solução a 2% + 35 cm3 de H2O | = 1 /400. |
5 cm3 de solução a 2% + 30 cm3 de H2O | = 1 / 350. |
5 cm3 de solução a 2% + 25 cm3 de H2O | = 1 / 300. |
5 cm3 de solução a 2% + 20 cm3 de H2O | = 1 / 250. |
5 cm3 de solução a 2% + 15 cm3 de H2O | = 1 / 200. |
5 cm3 de solução a 2% + 10 cm3 de H2O | = 1 / 150. |
5 cm3 de solução a 2% + 05 cm3 de H2O | = 1 / 100. |
PROCEDIMENTOS:
1 a Etapa:
Preparação do animal Os animais são previamente anestesiados com Éter de Petróleo, via aérea, em câmara fechada. O professor responsável pela prática realiza a preparação da rã descerebrada e da rã espinhal.
1- Rã descerebrada:
Seguindo uma linha imaginária tangente aos bordos anteriores das duas membranas timpânicas, pratica-se por meio de um bisturi uma incisão transversal na parte superior da cabeça. Pela fenda operatória introduz-se um estilete e destroem-se os hemisférios cerebrais. Abandona-se o animal durante algum tempo, para que se refaça o traumatismo.
2- Rã espinhal:
Com o mesmo animal faz-se uma incisão tomando como ponto de referência os bordos posteriores das manchas timpânicas. Pela ferida introduz-se um estilete e destrói-se cuidadosamente o encéfalo, deslocando alternativamente a agulha para um lado e outro, respeitando a medula espinhal.
2 a Etapa: Procedimentos Experimentais
1- Rã normal: Observar na rã íntegra a postura, equilíbrio, comportamentos sexuais, de fuga e frequência respiratória. Observar o nado do animal.
2- Rã descerebrada: Compara os comportamentos da rã íntegra com os da rã que teve seus hemisférios cerebrais destruídos.
Como está a frequência respiratória? Discuta o porquê.
Quais os comportamentos são mantidos e por que?
3- Rã espinhal: Faça as mesmas observações para a rã que teve o encéfalo destruído. Quais são as diferenças observadas e por que elas ocorrem?
3 a Etapa: Verificação da Leis dos Reflexos. Utilizar a rã espinhal. Enxugar o animal. Pendurar a rã na haste metálica pela região anterior. Estimular quimicamente uma das patas da rã utilizando solução de ácido acético a 2 % (da mais fraca para a mais forte). As soluções de ácido serão colocadas em pequenos beckers devidamente identificados.
Estimula-se apenas uma das patas. Os estímulos não deverão exceder 30 seg e deverão ser sempre aplicados na mesma pata. Retirar o ácido e observar o animal. Entre um estímulo e outro, o animal deverá ser lavado e enxugado. Embeber com ácido acético puro um pedaço de papel e colocar com pinça na parte dorsal ou ventral do animal.
Observar a reação reflexa.
Observar e conceituar as seguintes leis dos reflexos:
Lei da localização.
Lei da unilateralidade.
Lei da simetria.
Lei da irradiação.
Lei da generalização.
4 a Etapa:
Destruição da Medula Espinhal. Introduzir o estilete pela ferida existente no bordo posterior das manchas timpânicas e destruir a medula. Observar quais os comportamentos são emitidos.
CONCLUSÕES: Discutir os resultados e a importância dos vários reflexos observados.
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